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Leilão Touros Terra Boa

ABERTURA

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ENCERRAMENTO

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Aos 70 anos, Terra Boa oferece produtos de seleção funcional

No dia 1º de julho, o Leilão Touros Terra Boa, remate tradicional da marca, será realizado direto da fazenda em Guararapes, interior de São Paulo. Serão ofertados 100 touros Nelore Terra Boa, 30 novilhas Nelore prenhes, 50 reprodutores Brangus registrados e 30 novilhas Brangus prenhes.

Os touros Nelore e as novilhas são avaliados pela ANCP, PMGZ e Qualitas, e têm o registro definitivo da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu); os touros Brangus e as novilhas são avaliados pela Natura e têm o registro definitivo da ABB, (Associação Brasileira de Brangus); todos os animais foram escolhidos com rigor e são ofertados com a garantia pessoal do criador.

O remate será transmitido pelo Canal Rural a partir das 13 horas.

Foto por: Rubens Ferreira

A Fazenda Terra Boa

A terra se mostra realmente boa em Guararapes/SP, em especial onde se desenvolve, desde 1948, o criatório que hoje é coordenado por José Luiz Niemeyer dos Santos. Com trabalho e dedicação, a gleba adquirida por José Travassos dos Santos, pai de José Luiz, oferece hoje à pecuária nacional animais melhoradores e é exemplo de criação ligada a boas práticas socioambientais.

A Fazenda Terra Boa iniciou, na década de 50, a sua criação de bovinos com um rebanho comercial. O investimento nas primeiras matrizes Nelore puras ocorreu em 1964. E, no ano seguinte, houve o nascimento do produto RGN 001, da seleção Nelore Terra Boa.

Desde o início do seu trabalho de seleção, o criatório buscou alternativas técnicas para o desenvolvimento de um rebanho funcional. A melhoria contínua nos processos produtivos e a evolução genética de seu rebanho sempre foi o foco da criação, mas nunca deixou de lado a preocupação com a morfologia dos animais e suas características raciais, importantes para a preservação da raça Nelore.

Melhoramento

Em 1992, o criatório ingressou no Programa Nelore Brasil, da ANCP (Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores). Essa parceria proporcionou resultados comprovadamente positivos, com uma melhora expressiva dos índices genéticos do plantel. A seleção passou, assim, a ter um instrumento que fornece valiosos subsídios no momento da avaliação do rebanho.

Em 2003, a Terra Boa adquiriu um rebanho comercial da raça Brangus no Mato Grosso do Sul. Satisfeitos com as qualidades da raça (precocidade, boa habilidade materna, fertilidade, rusticidade, características funcionais), em 2008, a cabeceira das novilhas vieram para a Terra Boa, dando início ao trabalho de seleção do Brangus JT.

Com o objetivo de aumentar a eficiência e produtividade nos rebanhos das raças Nelore e Brangus, em 2015 iniciou a participação no Programa Qualitas e no Programa Natura – Gensys. Os programas têm a validação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) por intermédio da certificação CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção), que certifica como melhoradores animais produzidos e selecionados a cada ano, garantindo a excelente qualidade dos animais.

Boas práticas

Aliada ao melhoramento dos animais cultivados na Terra Boa, as boas práticas na gestão de questões socioambientais sempre motivaram as ações do criatório. A atuação da fazenda na conservação do meio ambiente ocorre há muitos anos e ela é reconhecida por isso. Em 1958 ganhou o troféu “Fazenda Conservacionista do Estado de São Paulo”, outorgado pela Secretaria Estadual de Agricultura.

Em 2004, foi a primeira fazenda brasileira a obter a certificação ISO 14001. Três anos depois, veio a Global Gap de Práticas Agropecuárias. No final de 2012, passou a atender as exigências de Boas Práticas Agropecuárias, um conjunto de normas e procedimentos desenvolvido pela Embrapa Gado de Corte que visa o bem-estar animal, além da conservação dos recursos naturais.

Em 2015 foi a campeã das campeãs do Prêmio Fazenda Sustentável, iniciativa da revista Globo Rural. Escolhida na categoria bovinocultura de corte, também conquistou o prêmio máximo do projeto.

Raio X

Atualmente, a fazenda Terra Boa possui 1.688 hectares, com áreas de preservação (427ha), áreas de pastagens (1077ha) e áreas de cultivo de cana (184ha), sendo que nas áreas de pasto e de cana são feitos plantios rotacionados de milho e soja.

A raça Nelore conta com um plantel de 400 matrizes, enquanto a raça Brangus tem 150 matrizes em sistema de cria. Também são feitas por volta de 400 prenhezes de FIV (250 Nelore e 150 Brangus) e, para este fim, contam com um plantel de 750 receptoras. Já na fazenda Entre Rios, são trabalhadas 400 matrizes comercias inseminadas com touros CEIP e touros crioulos para avaliação.

Após a desmama, as fêmeas de ambas as raças são suplementadas, para serem desafiadas no início da estação seguinte, avaliadas via ultrassonografia de carcaça pela AVAL e seus dados são encaminhados para as empresas de consultoria. Os machos são direcionados para fazenda Alvorada (210ha), onde são manejados em piquetes de 12ha, em lotes de contemporâneos e suplementados com MUB. Durante esse período são submetidos às pesagens e medidas de circunferência escrotal trimestrais, avaliação de precocidade e avaliação de carcaça via mensurações por ultrassom. Eles só recebem um manejo diferenciado 120 dias antes do leilão.

Fonte: Central Leilões