Arco encerra 2025 com avanços na ovinocultura e projeta 2026 com maior integração da cadeia produtiva
Entidade destaca parcerias científicas, como a colaboração com a Embrapa Ovinos e Caprinos, e aposta em profissionalização, qualidade e crescimento
A Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco) encerra 2025 celebrando conquistas importantes para a ovinocultura nacional. O ano foi marcado por avanços técnicos, ampliação das parcerias estratégicas e crescimento consistente da produção, consolidando uma pecuária mais profissional e alinhada às exigências do mercado. Segundo a entidade, houve evolução significativa em toda a cadeia, desde o avanço das pesquisas nas universidades até a melhoria dos processos produtivos no campo.
Para o presidente da Arco, Edemundo Gressler, o fortalecimento da interação entre entidades técnicas e o meio acadêmico foi determinante para o desenvolvimento do setor. Ele destaca que a produção científica cresceu de forma expressiva, impulsionando tecnologias voltadas ao melhoramento genético, manejo sanitário, reprodutivo e nutricional. Entre os marcos de 2025, Gressler cita a parceria técnica com a Embrapa Ovinos e Caprinos, em Sobral (CE), que deverá ganhar ainda mais relevância em 2026.

Crédito: Robispierre Giuliani/Divulgação
No cenário produtivo, o presidente avalia que o ano representou um ciclo de evolução consistente. “A comercialização de carne ovina apresentou melhora significativa, impulsionada pela maior profissionalização dos criadores e pela capacidade de atender às exigências de qualidade do mercado. A cadeia da lã também mostrou recuperação no segundo semestre. Hoje, o produtor está mais atento, eficiente e focado em entregar carnes e lãs de altíssima qualidade”, afirma Gressler.
Ele também enfatiza a importância da parceria com o Governo do Rio Grande do Sul por meio do Fundovinos, que tem contribuído para fomentar o consumo de carne ovina, qualificar o mercado da lã e ampliar investimentos em pesquisa nos Centros de Encruzilhada do Sul e Hulha Negra.
Outro destaque de 2025 foi o crescimento da gestão de registros genealógicos. A Arco registrou aumento no número de criadores e maior demanda internacional por genética brasileira, reforçando o reconhecimento da qualidade das raças nacionais. Para Gressler, o Brasil se consolida como referência genética na América do Sul, um dos grandes legados do ano.
Com a expectativa de continuidade desse movimento positivo, a Arco projeta um 2026 marcado por maior integração entre criadores, entidades técnicas e órgãos públicos. Para Gressler, essa união será essencial para enfrentar desafios estruturais. “Precisamos caminhar juntos. É como um novelo: cada entidade segura uma ponta, mas todas precisam puxar na mesma direção”, compara.
O presidente demonstra otimismo para o próximo ano e acredita que 2026 será marcado por novos avanços técnicos, fortalecimento das cadeias produtivas e ampliação da profissionalização no campo. “Temos todas as condições para consolidar um ano de crescimento em todas as áreas da ovinocultura”, conclui.
Mayara Neves | Canal Rural




