Criadores paulistas buscam qualidade no Circuito Touro Angus

Criadores do interior de São Paulo se reuniram para saber mais informações sobre o potencial que a genética Angus pode

Criadores do interior de São Paulo se reuniram para saber mais informações sobre o potencial que a genética Angus pode trazer ao gado da região

Foto: Pixabay

Apesar de ser o maior mercado consumidor de carne Certificada Angus, o estado de São Paulo demanda apenas 6% de todo o sêmen de reprodutores Angus comercializado no Brasil. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), por ano, a Angus vende 4,9 milhões de doses, a maior marca entre todas as raças de bovinos do Brasil, sendo que pouco mais de 285 mil doses são adquiridas por criadores paulistas. Atentos ao potencial que essa genética pode trazer ao gado da região e à produção de cortes premium, mais de 70 criadores do interior de São Paulo reuniram-se, na noite da última sexta-feira (25), em Jaguariúna (SP) no Circuito Touro Angus Registrado. Realizado no espaço Red Eventos, o encontro foi aberto pelo presidente da Associação Brasileira de Angus, Nivaldo Dzyekanski, ao lado do criador e diretor da associação Valdomiro Poliselli Jr, e do diretor e inspetor técnico Flávio Alves. Dzyekanski mencionou que o trabalho da associação transcende a qualidade da carne, mas também está ligado à inovação e à sustentabilidade dos processos. E mencionou o recente selo Sustentabilidade, lançado pela Angus para atestar propriedades com boas práticas relacionadas ao meio ambiente e ao trabalho.

Na primeira palestra da noite, o médico veterinário e gerente de fomento da Angus, Mateus Pivato, reforçou os ganhos da escolha de animais Angus Registrados nos rebanhos puros e meio sangue. Segundo ele, esses reprodutores são notoriamente melhoradores e deixam uma herança valiosa com descendentes de qualidade e alta padronização. Respondendo à pergunta de porque um criador deve escolher um touro Angus registrado, Pivato pontuou: “Quem registra anota e quem anota seleciona”. O processo de avaliação de dados é essencial para obtenção de animais que imprimam exatamente os objetivos do criador. “Criar Angus é caminho de lucratividade na propriedade e no frigorífico. Usar animais melhoradores e avaliados pelo Promebo, então, nos traz garantias de que a seleção estará focada nas características almejadas, como, por exemplo, facilidade para deposição de gordura, precocidade de terminação. Ou seja, geram mais lucro em menos tempo para os criatórios”.

Pivato ainda mencionou que a Associação Brasileira de Angus deve dar início, em breve, ao estudo genômico do rebanho Angus brasileiro, o que agilizará consideravelmente a seleção de reprodutores para critérios de difícil mensuração como resistência ao carrapato. Uma das dúvidas dos criadores que acompanharam a apresentação foi sobre a formação da raça Ultraback, recém estabelecida no país e cujo registro está delegado à Associação Brasileira de Angus. “A Ultrablack é uma raça sintética com formação de 80% sangue Angus e 20% de zebuínos”, explicou.

Além dos ganhos na criação, a genética Angus também traz ganhos no frigorífico. O coordenador do Programa Carne Angus, Maychel Borges, detalhou a formação do sistema de certificação do projeto, que é o maior programa de carne premium do Brasil. Com mais de 50 técnicos de certificação espalhados em diferentes regiões do Brasil, tem rígidos padrões de qualidade para validação de carcaças que também levam em conta idade dos animais e acabamento de carcaça. “A gente vê a raça em diferentes regiões do Brasil, se adaptando a diferentes sistemas de produção e tipos de clima. Na hora de escolher a genética é preciso olhar para o sistema de produção e para a propriedade que se tem”, recomendou.

Atualmente, o carne Angus tem 40 unidades operando em 12 estados brasileiros. “São muitas unidades, mas que operam com um único segredo: onde tem esse selo tem qualidade superior. Somos o olho do produtor dentro da indústria e estamos preocupados em trabalhar com foco nos desejos do consumidor”. E lembrou que todo esse processo é auditado pela certificadora alemã TÜV Rheinland. “A gente não cria Angus porque ele é bonitinho. A gente cria Angus porque dá dinheiro. Faça as contas e você vai ver que o resultado é espetacular”.

A zootecnista e superintendente da Associação Nacional de Criadores Herd Book Collares (ANC), Silvia Freitas, apresentou detalhes sobre o trabalho da entidade cartorial e como o registro é feito pela ANC e pelos inspetores técnicos credenciados. “É um trabalho essencial para assegurar o melhoramento das raças”, frisou, lembrando a relevância do Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne (Promebo) na seleção e no avanço dos rebanhos brasileiros. E citou que a ANC realiza em conjunto com a Angus trabalho de avaliação de touros para produção de bezerros meio sangue, uma avaliação focada exatamente no potencial dos criatórios que trabalham com cruzamento industrial. “É uma forma de tirar o melhor desses cruzamentos e garantir a escolha certeira de reprodutores para esse fim”. E deixou uma mensagem aos criadores presentes: “O melhor touro não necessariamente é o grande campeão ou líder do sumário. É aquele que deixa maior lucratividade à propriedade”.

 

Fonte: Angus.Org

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